quinta-feira, 1 de maio de 2008

Paraolímpiadas

As paraolímpiadas realizadas até hoje foram as seguintes:

  • Paraolimpíada de Roma- 1960
  • Paraolimpíada de Tóquio- 1964
  • Paraolimpíada de Tel Avive- 1968
  • Paraolimpíada de Heidelberg- 1972
  • Paraolimpíada de Toronto- 1976
  • Paraolimpíada de Arhem- 1980
  • Paraolimpíada de Nova Iorque- 1984
  • Paraolimpíada de Seul- 1988
  • Paraolimpíada de Barcelona- 1992
  • Paraolimpíada de Atlanta- 1996
  • Paraolimpíada de Sydney- 2000
  • Paraolimpíada de Atenas- 2004
  • Paraolimpíada de Beijing- 2008

Modalidades - A

Arco e Flecha


Incluído pela primeira vez nas Paraolímpiadas em Roma em 1960, esta modalidade destina-se a deficientes motores, com paralisia cerebral, amputados. As competições são individuais ou por equipa. O objectivo é atirar flechas a um alvo de 122 cm de diâmetro, localizado a 70 metros de distância.




Atletismo


Participam atletas com deficiência física e visual, em provas masculinas e femininas. As provas têm especificidades de acordo com a deficiência dos competidores dividem-se em corridas, saltos, lançamentos e arremessos. Nas provas de pista (corridas), dependendo do grau de deficiência visual do atleta, ele pode ser acompanhado por um atleta-guia (que corre com o atleta ligado por uma corda). Ele tem a função de direccionar o atleta na pista, mas não deve puxá-lo, sob pena de desclassificação. As competições seguem as regras da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), com algumas modificações que possibilitam ao atleta competir (uso de próteses, cadeira de rodas ou ser acompanhado por um guia), no entanto sem lhes dar vantagem em relação aos seus adversários.Existe uma categorização que o atleta recebe em função do seu volume de acção, ou seja, a capacidade de realizar movimentos, colocando em evidência as potencialidades dos resíduos musculares, de sequelas de algum tipo de deficiência, bem como os músculos que não foram lesados. Essa avaliação é feita através de teste de força muscular, teste de coordenação e teste funcional. Os classificadores analisam o desempenho do atleta considerando os resultados obtidos nos testes.
Para provas de campo – arremesso, lançamentos e saltos:
F – Field (campo)
F11 a F13 – deficientes visuais
F20 – deficientes mentais
F31 a F38 – paralisados cerebrais (31 a 34-em cadeira de rodas e 35 a 38-ambulantes)
F40 - anões
F41 a F46 – amputados
F51 a F58 – Competem em cadeiras (sequelas de Poliomielite, lesões medulares e amputações)


Para provas de pista – corridas de velocidade e fundo:
T – track (pista)
T11 a T13 – deficientes visuais
T20 – deficientes mentais:
T31 a T38 – paralisados cerebrais (31 a 34-em cadeira de rodas e 35 a 38-ambulantes)


T41 a T46 – amputados :
T51 a T54 – Competem em cadeiras (sequelas de Poliomielite, lesões medulares e amputações)


OBS: As classificações são as mesmas para ambos os sexos. Entretanto, os pesos dos implementos utilizados no arremesso de peso e nos dois tipos de lançamento (dardo e disco) são de acordo com a classe de cada atleta.

B




Basquetebol em cadeiras de rodas





Uma das modalidades mais conhecidas no mundo, o basquetebol em cadeira de rodas, é praticado por atletas de ambos os sexos, desde que possuam alguma deficiência físico-motora, sob as regras adaptadas da Federação Internacional de Basquetebol em Cadeira de Rodas (IWBF). A principal diferença entre este, o basquetebol em cadeira de rodas e o basquetebol convencional, está na composição das equipas. As cadeiras de rodas são especiais com adaptações e medidas que seguem determinados padrões que são previstos nas regras. A cada dois toques na cadeira, o jogador deve driblar, passar ou encestar a bola. As dimensões da quadra e altura do cesto são as mesmas que o basquetebol olímpico.Cada atleta é classificado de acordo com seu comprometimento físico-motor e a escala obedece aos números 1, 2, 3, 4 e 4,5. Com objectivo de facilitar a classificação e participação daqueles atletas que apresentam qualidades de uma e outra classe distinta, os chamados casos limítrofes, foram criadas quatro classes intermediárias: 1,5; 2,5; 3,5. O número máximo de pontuação em quadra não pode ultrapassar 14 e vale a regra de quanto maior a deficiência, menor a classe.







Biatlo

O Biatlo foi introduzido em Innsbruck em 1988 para atletas com deficiências físicas. Em 1992, atletas com deficiências visuais foram também possibilitados a competir neste desporto. O Biatlo consiste num percurso de 7,5 Km dividido em etapas de 2,5 Km cada uma. Entre cada etapa os atletas têm de atirar sobre alvos colocados a uma distância de 10 metros. Cada falha equivale a uma penalização no tempo final. O factor mais importante para atletas que pratiquem este desporto é a capacidade de conjugar a resistência física e a pontaria durante a competição. Os atletas com dificuldades visuais são assistidos por sinais acústicos que dependendo da sua intensidade indicam se o atleta está na posição certa. O desporto é governado pelo IPC em colaboração com o Comité Técnico de Esqui Nórdico seguindo as regras modificadas da IBU – União Internacional de Biatlo.



Bocha

Paralisados cerebrais e pessoas com outros tipos de deficiência competem na bocha paraolímpica, desde que utilizem cadeira de rodas. O objectivo principal do jogo é lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma bola branca chamada de “jack”. Para o fazer é permitido o uso das mãos, dos pés ou de instrumentos de auxílio para quem tem um grande comprometimento nos membros superiores e inferiores. Há três maneiras de se praticar o desporto. Na individual, dois atletas enfrentam-se. Os confrontos também podem ser entre duas duplas ou trios.Antes da partida começar, o árbitro lança uma moeda ao ar (cara ou coroa). Quem ganha, tem direito a escolher se quer competir com as bolas de couro vermelhas ou azuis. O lado que escolher as vermelhas inicia a disputa, jogando primeiro o “jack” e depois uma destas esferas. Em seguida, uma bola azul entra em acção. A partir de então, os adversários revezam se a cada lance para ver quem consegue posicionar as bolas o mais perto possível do “jack”. As partidas ocorrem em campos cobertos, planos e com demarcações no piso. A área do jogo mede 6m de largura por 12,5m de comprimento. Para pontuar, o atleta tem de jogar a bola o mais próximo do “jack”. Quem o consegue fazer ganha um ponto. Caso este mesmo competidor tenha colocado outras esferas mais próximas do alvo, cada uma delas também vale um ponto. Se duas bolas de cores diferentes ficam à mesma distância da esfera branca, os dois lados recebem um ponto. Vence quem acumula a maior pontuação.As partidas são divididas em partes, chamadas de “ends”, que só terminam após todas as esferas serem lançadas. Um limite de tempo é estabelecido por “end”, de acordo com o tipo de disputa. A contagem vai desde o momento que o árbitro indica quem fará o lance até quando a bola pára. Nas competições individuais, há quatro “ends” e ambos atletas jogam seis esferas em cada um deles. Nas duplas, os confrontos têm quatro partes e cada atleta tem direito a três bolas por período. Quando a disputa é por trios, nada menos que seis “ends” compõem as partidas. Neste caso, todos os competidores têm direito a duas esferas por parte do jogo.



C

Ciclismo



No Ciclismo, o programa paraolímpico inclui dois tipos de provas: estrada e pista (velódromo), com competições de perseguição, em linha e de contra-relógio. Nesta modalidade podem participar atletas masculinos e femininos portadores de deficiência visual e/ou motora. Nas provas para atletas deficientes visuais, é utilizada uma bicicleta de “tandem”, isto é, uma bicicleta que possui 2 lugares, sendo, o atleta que ocupa a posição da frente, um atleta-guia.Para os atletas possuidores de paralisia cerebral, em que a funcionalidade dos membros inferiores é mais reduzida, utilizam na competição de estrada o triciclo.Paralisados cerebrais, deficientes visuais, amputados e lesionados medulares (paraplégicos) são aceites neste tipo de competições, podendo ser nas categorias masculina e feminina. O ciclismo paraolímpico pode ser praticado individualmente ou em equipa. As regras são iguais ao do ciclismo convencional, apenas possuem pequenas alterações relativas à segurança e à classificação dos atletas. Estas alterações foram realizadas pelo Federação de Ciclismo Paraolímpico Internacional. As bicicletas podem ser de modelos convencionais ou triciclos, como já foi referido, para paralisados cerebrais, segundo o grau de lesão. O ciclista cego compete em bicicleta dupla (“tandem”) com um guia que pedala no banco da frente. Ambos podem ser do mesmo sexo ou não. Para os atletas dependentes da cadeira de rodas, a bicicleta é pedalada com as mãos: é o handcycling. Independentemente da deficiência, os atletas competem no velódromo e na estrada.No velódromo, as bicicletas não têm marchas e percorrem uma pista oval que varia entre 250 e 325m de extensão. Diversas são as distâncias percorridas e os tipos de prova, sendo a velocidade uma constante fundamental. Na estrada, os ciclistas de cada categoria largam ao mesmo tempo. As competições são as mais longas da modalidade, com até 120km de percurso. Além da velocidade, é fundamental ter uma grande preparação física. As disputas de contra-relógio e de linha são semelhantes, exigem portanto, mais rapidez do que resistência. No contra-relógio cada atleta larga de um em um minuto, e pedala contra o tempo. Com isso, a posição dos ciclistas na pista não diz, necessariamente, a colocação real em que se encontram.As provas de perseguição são competições que se realizam na pista com duas equipas, em que cada equipa está num dos lados da pista. O objectivo é tentar “apanhar” a equipa adversária.O ciclismo é uma modalidade do Programa Paraolímpico desde Jogos de Nova Iorque em 1984.







Curling



Curling em cadeira de rodas é um jogo simples. Faz-se correr as “pedras” de granito pela pista de gelo para um alvo circular demarcado no chão, e espera que eles acabam por aproximar-se mais do centro do que as lançadas por seu adversário.
As pedras pesam quase 20 Kg e o alvo está a 40 metros de distância, o alvo é de 12 metros de largura. Todas as pessoas que possuam deficiência podem praticar este desporto, basta que seja numa cadeira de rodas.Idade não é barreira, e equipas em eventos nacionais e internacionais jogados sob as regras da Federação Mundial de Curling, são misturados os géneros (homens e mulheres). Tudo o que é preciso trazer para o jogo é o grau de coordenação para fazer deslizar as “pedras” sob a pista de gelo com rigor para que fiquem o mais próximo possível do alvo ou para que afastem as “pedras” do adversário, e uma tolerância de frio.

D

Dança


A dança em cadeira de rodas teve suas raízes na Dança moderna, terapêutica de salão. A principal contribuição da dança moderna para o desenvolvimento da dança em cadeira de rodas foi sua proposta de inovação e descoberta do movimento corporal como meio de expressão, despertando, assim, um interesse maior pela atuação do corpo humano em movimento, encorajando os dançarinos a desenvolverem estilos coreográficos pessoais.Com a exploração das possibilidades de movimentos corporais, não buscando mais apresentar corpos perfeitos, unificados pela forma, nem delineados por imperativos estéticos, permitindo assim a possibilidade das pessoas com deficiência a praticarem esta modalidade.

E

Esgrima


Este desporto requer dos atletas capacidade de adaptação, criatividade, velocidade, reflexos apurados, astúcia e paciência. Somente competem pessoas com deficiência locomotora. O Comité Executivo de Esgrima do Comité Paraolímpico Internacional administra a modalidade, que segue as regras da Federação Internacional de Esgrima -FIE.As pistas de competição têm 4m de comprimento por 1,5m de largura. A diferença para a esgrima olímpica é que os atletas têm suas cadeiras fixadas no solo. Caso um dos esgrimistas se mexa, o combate é interrompido. Os equipamentos obrigatórios da modalidade são: máscara, jaqueta e luvas protectoras. Nos duelos de florete, a arma mais leve, há uma protecção para as rodas da cadeira. Nas disputas de espada, uma cobertura metálica é utilizada para proteger as pernas e as rodas da cadeira.Nos combates de florete, os pontos só podem ser computados se a ponta da arma tocar o tronco do oponente. Também na espada, o que vale é tocar o adversário com a ponta da arma em qualquer parte acima dos quadris, mesma área de pontuação adoptada nos duelos de sabre. E com este tipo de arma o esgrimista pode atingir seu rival tanto com a ponta quanto com a lâmina do sabre.Uma das maiores peculiaridades da esgrima em cadeira de rodas é a forma na qual são computados os pontos. As vestimentas dos atletas têm sensores que indicam quando o atleta foi tocado ou não. Tanto o público quanto os esgrimistas e juízes podem acompanhar o placar do duelo. Quando o toque da arma resulta em ponto, uma das luzes – vermelha ou verde – que representa os atletas acende se. Quando ocorre um toque não válido, acende-se uma luz branca.Nos torneios individuais, na primeira ronda, os confrontos duram no máximo quatro minutos. O vencedor é quem marca cinco pontos até o fim do combate. Nas etapas seguintes, há três tempos de três minutos cada, com intervalos de um minuto entre eles. Quem ganha é o esgrimista que fizer 15 pontos ou o que tiver a maior pontuação ao final do combate. Caso haja empate, há prorrogações de um minuto até que um dos atletas atinja o outro, numa espécie de “morte - súbita”.Quando as disputas são por equipa, vence a equipa que marcar 45 pontos ao final dos combates. As equipes devem ter três competidores, sendo obrigatória a presença de um atleta da classe B. Em caso de igualdade no placar, valem os mesmos critérios de desempate dos duelos individuais para se apontar um vencedor.As regras têm se desenvolvido de acordo com os avanços em técnicas de fixação das cadeiras no chão.


Esqui Alpino


Esqui Alpino ou slalom é feito com muita velocidade por uma montanha abaixo. Os atletas que praticam este desporto apresentam performances semelhantes ao dos atletas normais. Alguns competem com um único esqui, outros usam próteses ou equipamentos de adaptação, alguns até usam cadeiras adaptadas ao esqui. Os deficientes visuais são monitorados ou acompanhados.



Esqui Nórdico


Esqui Nórdico ou Cross Country é semelhante ao Esqui Alpino, a única diferença é que as disputas do primeiro ocorrem em distâncias sobre o gelo de 2,5 a 20 km. Estas competições são feitas individualmente ou em equipas, por atletas com incapacidade nos membros inferiores ou ausência de visão.


F

Futebol de 5


Modalidade exclusiva para atletas cegos ou deficientes visuais. Normalmente joga-se num campo de futsal adaptado, mas desde os Jogos Paraolímpicos de Atenas, a modalidade também vem sendo praticada em campos de grama sintética. Somente o guarda-redes tem visão total e não pode ter actuado em competições oficiais da FIFA nos últimos cinco anos. Junto às linhas laterais, são colocadas bandas que impedem que a bola saia excessivamente do campo. Cada equipa é formada por cinco jogadores – um guarda-redes e quatro jogadores de linha e as partidas devem acontecer em locais em que não haja eco. A bola tem guizos internos para que os atletas a localizem. Por isso, o público deve permanecer em silêncio durante o jogo e só podem manifestar-se no momento do golo. Eles jogam com uma venda nos olhos e tocar na venda é falta. Depois de cinco infracções, o atleta é expulso de campo e pode ser substituído por outro jogador. Há ainda um guia, o “chamador”, que fica atrás da baliza, para orientar os jogadores, dizendo onde devem posicionar-se em campo e para onde devem rematar. As partidas são jogadas em dois tempos de 25 minutos, com um intervalo de 10.


Os atletas são divididos em três classes que começam sempre com a letra B (blind = cego).
B1 – Cego total: de nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos até a percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direcção.
B2 – Jogadores já têm a percepção de vultos. Da capacidade em reconhecer a forma de uma mão até a acuidade visual de 2/60 e/ou campo visual inferior a 5 graus.
B3 – Os jogadores já conseguem definir imagens. Da acuidade visual de 2/60 a acuidade visual de 6/60 e/ou campo visual de mais de 5 graus e menos de 20 graus.


Futebol de 7


Praticado somente por atletas homens com paralisia cerebral, com sequelas de traumatismos crânio-encefálicos ou acidentes vasculares cerebrais. Segue as regras da FIFA, com adaptações feitas sob a responsabilidade da Associação Internacional de Desporto e Recreação para Paralisados Cerebrais (CP-ISRA). O campo tem no máximo 75m x 55m, com balizas de 5m x 2m e a marca do penalti fica a 9,20m do centro da linha de golo. Cada equipa tem sete jogadores em campo e cinco suplentes. A partida dura 60 minutos, divididos em dois tempos de 30, com intervalo de 15. Não há regra de impedimento e a cobrança da lateral pode ser feita com apenas uma das mãos, rolando a bola no chão. Todos os jogadores pertencem às classes menos afectadas pela paralisia cerebral, ou seja, são todos andantes.


Os jogadores são distribuídos em classes de 5 a 8, de acordo com o grau de comprometimento de cada um. Novamente, vale a regra de quanto maior a classe, menor o comprometimento físico do atleta. Durante a partida, cada equipa deve ter em campo no máximo dois atletas da classe 8 (menos comprometidos) e, no mínimo, um da classe 5 ou 6 (mais comprometidos). Os jogadores da classe 5 são os que têm o maior comprometimento motor e, em muitos casos, não conseguem correr. Assim, para esses atletas, a posição mais comum é a de guarda-redes. Vale a pena lembrar que a paralisia cerebral compromete de variadas formas a capacidade motora dos atletas, mas, em cerca de 45% dos indivíduos, a capacidade intelectual não é comprometida.


G

Goa lball


O Goalball, ao contrário de outras modalidades paraolímpicas, foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência – no caso, a visual. A modalidade, uma das que mais atrai público, é disputada num campo com as mesmas dimensões do de voleibol (9m de largura por 18m de comprimento). As partidas duram 20 minutos, com dois tempos de 10. Cada equipa conta com três jogadores titulares e três suplentes. Nas duas extremidades do campo há uma baliza com 9 metros de largura e 1,2 metros de altura. Os três atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. O arremesso tem de ser rasteiro com o objectivo de balançar a rede adversária.


A bola possui um guizo no seu interior que emite sons – há furos que permitem a passagem do som – para que os jogadores possam saber a direcção dela (é um desporto baseado nas percepções tácteis e auditivas). Exactamente por esse motivo, não pode haver barulho no ginásio durante a partida, excepto no momento entre o golo e o reinício do jogo. Caso contrário, não é possível ouvir o som emitido pelo guizo. Ainda sobre a bola, ela tem 76cm de diâmetro e 1,25 kg de peso. Sua cor alaranjada e seu tamanho são semelhantes à de basquete.


H

Halterofilismo


Os atletas executam um movimento denominado supino, em que ficam na posição deitada em um banco. O movimento começa no momento em que tiram a barra do apoio – com ou sem a ajuda do auxiliar central – deixando o braço totalmente estendido e flexionam o braço descendo a barra até a altura do peito. Em seguida, elevam-na até a posição inicial, finalizando o movimento. Competem nesta modalidade atletas com deficiência física nos membros inferiores ou paralisia cerebral. É a única modalidade em que os atletas são categorizados por peso corporal, como no halterofilismo convencional. As categorias são subdivididas pelo peso corporal de cada atleta. São dez femininas e dez masculinas. O atleta tem direito a três tentativas de realizar o movimento e a de maior peso será validada. Durante a execução do movimento, vários critérios são observados pelos árbitros, como o começo do movimento a partir do sinal sonoro emitido pelo árbitro central, a execução contínua do movimento e a parada nítida da barra no peito.


Hipismo


O hipismo paraolímpico pode ser praticado por pessoas com vários tipos de deficiência, pois desenvolve as habilidades físicas e a auto-estima dos seus praticantes. As adaptações feitas para se praticar a modalidade são as seguintes: a pista deve oferecer níveis de segurança maiores do que as pistas convencionais. Para isso, a areia da pista, ao contrário do adestramento convencional, é compactada para facilitar a locomoção do cavaleiro; as letras de posicionamento são maiores; é necessária uma sinalização sonora, que serve para orientar o atleta cego; o local de competição precisa de ter uma rampa de acesso para os cavaleiros montarem nos cavalos.É importante realçar que o hipismo paraolímpico é praticado em cerca de 40 países. Homens e mulheres competem juntos nas mesmas provas, sem distinções. Outra peculiaridade do desporto é que tanto os competidores quanto os cavalos vencedores recebem medalhas.


Hóquei no Gelo


Esta é a versão Paraolímpica do hóquei de gelo, onde se pode ouvir a colisão dos sledges, e teve estréia no programa dos Jogos de Inverno, em 1994, é uma das mais bonitas atrações e que atraem um número maior de espectadores. Os passes são rápidos, exige preparo físico e é jogado por atletas com deficiência motora. Como no hóquei de gelo, jogam seis jogadores (incluindo o goleiro) de cada time. A partida tem três tempos de 15 minutos com pequenos intervalos.


J

Judo

Modalidade exclusiva para cegos ou deficientes visuais. As disputas respeitam as mesmas regras do judo convencional. A vitória pode se dar por “ippon” ou por três diferentes pontuações: o “wazari”, o “yuko” e o “koka”. Há algumas diferenças básicas para o judo convencional: os lutadores iniciam a luta já com a pegada estabelecida, a luta é interrompida quando os jogadores perdem o contacto total um do outro, o atleta não pode ser punido ao sair da área de luta e o atleta cego total é identificado com um círculo vermelho de 7 cm nas duas mangas do quimono. A organização do judo paraolímpico é feita pela IBSA – Federação Internacional de Desporto para Cegos, que rege o desporto em consonância com a IJF – Federação Internacional de Judo e o IPC – Comité Paraolímpico Internacional.

Os atletas são divididos em três classes que começam sempre com a letra B (blind = cego). Homens e mulheres têm o mesmo parâmetro de classificação.
B1 – Cego total: de nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos até a percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direcção.
B2 – Jogadores já têm a percepção de vultos. Da capacidade em reconhecer a forma de uma mão até a acuidade visual de 2/60 ou campo visual inferior a 5 graus.
B3 – Os jogadores já conseguem definir imagens. Acuidade visual de 2/60 a 6/60 ou campo visual entre 5 e 20 graus.


N

Natação


Na natação paraolímpica, os atletas são agrupados nas categorias S1 a S14 (S de swimming) de acordo com a sua deficiência. Os deficientes físico-motores estão nas classes S1 a S10. Os visuais nas classes S11 a S13, ocupando a classe S14 os deficientes mentais. Quanto maior o grau de comprometimento do atleta, menor o número de sua classe.Nesta modalidade participam atletas de todos os tipos de deficiência, divididos em dois grupos: os portadores de deficiência visual e os todos os outros. Os atletas são submetidos ás equipas de classificação, que procederão a análise dos resíduos musculares, por meio de testes de força muscular, mobilidade articular e testes motores (realizados dentro da água). Vale a regra de que quanto maior a deficiência, menor o número do atleta. As classes sempre começam com a letra S (swimming) e o atleta pode ter classificações diferentes para o nado peito, SB, e o medley, SM.As regras são as mesmas da Federação Internacional de Natação Amadora, com algumas adaptações, em especial às partidas, viragens e chegadas. As competições, nas categorias masculina e feminina, por equipa ou individual, abrangem os quatro estilos oficiais: bruços, mariposa, costas e livre. As distâncias variam de 50 a 800 metros. E aos nadadores cegos permite-se que recebam um aviso do treinador quando se aproximam das bordas, através de um bastão com uma ponta de espuma.A largada pode ser feita da água, no caso de atletas das classes mais baixas, que não conseguem ficar no bloco. As baterias são separadas de acordo com o grau e tipo de deficiência.
S1 a S10 / SB1 a SB9 / SM1 a SM10 – nadadores com limitações físico-motoras.


S11, SB11, SM11 S12, SB12, SM12 S13, SB13, SM13 – nadadores com deficiências visuais (a classificação neste caso é a mesma do judo e futebol de cinco).


S14, SB14, SM14 – nadadores com deficiências mentais.


R

Remo


O remo é um desporto aquático organizado a partir de meados do século XIX. É um desporto de velocidade, praticado em barcos estreitos, nos quais os atletas se sentam sobre bancos móveis, de costas voltadas para a direção do movimento, usando os remos para mover o barco o mais depressa possível, em geral em rios de água doce, mas por vezes também no mar. O remo adaptável foi introduzido no Brasil pela Superintendência de Desportos do Rio de Janeiro, como programa de reabilitação, já no início dos anos 80.Assim como no remo convencional, no adaptável também há classes para promover competições justas e possibilitar que pessoas com diferentes níveis de limitação possam participar. Para isso, estableceram-se três classes:


A (braços) - Paraplégicos e pessoas com paralisia cerebral competem no barco Single Skiff, adaptado com um banco fixo e encosto e com flutuadores nas laterais. Praticado por um homem ou por uma mulher.


TA (tronco e braços) - Bi-amputados, paralisados cerebrais e pessoas com sequela de póliomielite competem em barcos Double Skiff, adaptado apenas com banco fixo. É praticado por um homem e por uma mulher.


LTA (perna, tronco e braço) - amputados parciais, paralisados cerebrais e deficientes mentais - de acordo com o grau de comprometimento - competem em barco 4+ (quatro atletas e um timoneiro, com ou sem deficiência, que controla o ritmo do barco). Por não trazer limitações físicas ou intelectuais, a surdez não está incluída entre as deficiências elegíveis para o remo adaptável. Atletas surdos remam em competições regulares e, por questões de segurança, devem participar em barcos de equipa.


Rugby


Este desporto parece-se bastante com o futebol americano, por ter quase os mesmos objectivos e ser um jogo que envolve forte contacto físico. As equipas são formadas por quatro jogadores e há oito suplentes à disposição do técnico. Esta grande quantidade de suplentes é explicada pela força das colisões entre os competidores e suas cadeiras. Homens e mulheres actuam juntos. É necessário ter agilidade para manusear a bola, acelerar, travar e direccionar a cadeira. Amputados podem competir usando as cadeiras de rodas.Campos de basquete são utilizados no rugby em cadeira de rodas, ao contrário dos campos de relva convencionais. As dimensões são as seguintes: 15m de largura por 28m de comprimento. O campo é dividido em dois. Há um círculo central e duas áreas-chave (um tipo de “grande área”), que ficam à frente das linhas de ensaio. Os jogadores de ataque só podem ficar dentro da área-chave pelo máximo de dez segundos, enquanto a defesa tem o direito de permanecer no local por tempo indeterminado.O ensaio é o objectivo. Duas barras verticais o delimitam na linha de fundo do campo. Entretanto, para fazê-lo é preciso tocar ou passar a linha de ensaio adversária com as rodas da cadeira. Em ambas situações, o atleta deve estar a segurar a bola. O início do jogo funciona como no basquete. Dois atletas ficam dentro do círculo central para disputar a bola, que é jogada ao alto pelo árbitro. Os atletas podem conduzi-la sobre as suas coxas, passá-la para um companheiro da equipa ou chutá-la. A equipa que tem a posse da bola não pode demorar mais de 15 segundos para entrar no campo do oponente. Esta medida visa tornar a modalidade o mais ofensiva possível.As partidas são divididas em quatro períodos de oito minutos cada. Entre o primeiro e o segundo quarto, há uma pausa de um minuto. Assim também ocorre entre a terceira e a última etapa. Do segundo para o terceiro período, cinco minutos são dados para o intervalo. Caso o jogo termine empatado, uma prorrogação de três minutos é disputada. Durante o tempo normal, cada equipa tem direito a quatro tempos técnicos.


S

Skeleton

O Skeleton começou a ser praticado em Saint Moritz na Suiça nos finais do século XVIII. Inicialmente com o nome de “Cresta”. Quando os condutores de “Cresta” experimentaram os seus trenós em pistas de gelo o nome de skeleton foi introduzido para diferenciar esta mesma modalidade. A primeira pista artificial foi feita na Alemanha. O Skeleton juntamente com o Luge e o Bobsleigh é um desporto de deslize de trenós. Os trenós do skeleton têm uns “corredores” de metal na parte de baixo que o fazem andar a velocidades muito altas.

Dessas velocidades muito altas é que advém o nome skeleton (como a velocidade era tão grande parecia que a pele saía do esqueleto de quem ia lá dentro, daí skeleton). Esta modalidade foi posteriormente introduzida a atleta com deficiências motoras mas segue sempre as regras da FIL.


T

Ténis de Mesa


Nesta modalidade participam atletas homens e mulheres com paralisia cerebral, amputados e cadeirantes. As competições são divididas basicamente entre atletas andantes e atletas cadeirantes. Os jogos podem ser individuais, a dois ou por equipas e as competições consistem em a melhor de cinco sets, sendo que cada um deles é disputado até que um dos jogadores atinja 11 pontos.Em caso de empate em 10 a 10, vence quem primeiro abrir dois pontos de vantagem. A raquete pode ser amarrada na mão do atleta. Os atletas são divididos em onze classes distintas onde se segue a lógica de que quanto maior o número da classe, menor é o comprometimento físico-motor do atleta.


I, II, III, IV, V – atletas cadeirantes
VI, VII, VIII,IX, X – atletas andantes
XI - atletas andantes com deficiência mental


O ténis de mesa é um dos mais tradicionais desportos paraolímpicos.A partir de Roma, a bolinha não parou tanto no masculino quanto no feminino. Todas as edições das paraolimpíadas tiveram jogos da modalidade. Com o passar dos anos, ocorreram mudanças nos sistemas de disputa.Entre Roma-60 e Tel Aviv-68, havia partidas individuais e em duplas. Em Heidelberg-72, foi acrescentado o torneio por equipa. Tanto em Toronto-76 quanto em Arnhem-80, só houve jogos de simples e por equipa. Nos Jogos de 1984 e em Seul-88, o open entrou no calendário paraolímpico oficial. A partir de Barcelona-92, as disputas passaram a ser apenas individuais e por equipa. As regras oficiais para as classes dos andantes (de VI a X) e classe XI (deficientes mentais) são as mesmas estabelecidas pela ITTF, à exceção do saque, nos casos de alguns atletas com o braço livre amputado ou com alguma deficiência que não lhes permite estender totalmente a palma da mão.No caso dos cadeirantes (classe de I a V), existem algumas diferenças:O saque deve ultrapassar a linha de fundo da mesa adversária. Saques que saem pela linha lateral da mesa oponente são repetidos;Nas partidas de duplas, o atleta pode rebater a bola duas ou mais vezes consecutivas desde que a roda da cadeira não ultrapasse a linha central imaginária da mesa.A cadeira deverá estar posicionada de frente para a mesa, com as rodas perpendiculares à linha de fundo da mesma.O corpo ligeiramente inclinado para a frente ou com o tronco apoiado no encosto da cadeira, pronto para uma acção, e não numa posição de repouso.O aluno deverá posicionar-se a mais ou menos um antebraço da mesa, sem encostar a barriga.A perna do lado do braço que joga deve alinhar-se com a linha central da mesa.O braço que joga deve estar flexionado e o outro apoiado na roda para um rápido movimento, se necessário. A raquete deve estar sempre ao nível da mesa.Os olhos devem estar fixos e concentrados na bola.



Ténis em cadeira de rodas




No ténis em cadeira de rodas o atleta necessita de apresentar incapacidade motora em apenas um ou nos dois membros inferiores, para poder jogar. Existe também uma classe especial para os atletas tetraplégicos, ou com deficiências motoras nos membros inferiores e incapacidades funcionais ou amputação nos membros superiores.Para a prática deste desporto, o atleta precisa combinar a força e a precisão ao bater a bola com a velocidade e a técnica na movimentação da cadeira. Joga-se como o ténis convencional, com pequenas alterações, como a bola poder bater duas vezes - a primeira dentro do campo e no serviço, não é permitido que as rodas traseiras da cadeira toquem a linha de fundo. Esta modalidade é destinada a atletas com cadeira de rodas, nas categorias masculina e feminina, individual ou em dupla.


O Saque




  • O primeiro toque da bola sacada na quadra deve ser dentro do rectângulo destinado a isto; o segundo toque tanto pode ser dentro ou fora dos limites da quadra.


  • O lançador não deverá, durante o saque mudar de posição ou tocar, com qualquer roda, qualquer linha fora da área delimitada para o saque.


  • O jogador é proibido de usar, deliberadamente, qualquer extremidade de seu corpo como estabilizador ou suporte durante o saque.


  • Caso os métodos convencionais para o saque forem impraticáveis para um tetraplégico, uma outra pessoa poderá ser autorizada a lançar (levantar) a bola para ele.



Perda de Ponto


A cadeira de rodas é considerada parte do corpo do jogador para efeito de quaisquer regras. O jogador perde o ponto se:




  • A bola tocar no seu corpo, na sua cadeira ou qualquer coisa que ele carregue ou use, excepto a raquete, essa perda de ponto ocorrerá independentemente da posição em que estiver, quando a bola em jogo o atingir.


  • Deliberadamente usar os pés ou qualquer outra extremidade do corpo como estabilizador ou suporte, para lançar a bola ou movimentar a cadeira, ou permitir, ao bater na bola, que sua nádega deixe de ter contacto com o assento desta.




Tiro


Para se praticar este desporto é necessário ter precisão apurada. Administram a modalidade tanto a Federação Internacional de Tiro Desportivo-ISSF quanto o Comité de Tiro Desportivo do Comité Paraolímpico Internacional. As regras das competições para atletas convencionais e com deficiência são basicamente as mesmas, porém com pequenas adaptações. Pessoas amputadas, paraplégicas, tetraplégicas e com outras deficiências locomotoras podem competir no masculino e no feminino. As regras do tiro paraolímpico variam de acordo com a prova, distância e tipo do alvo, posição de tiro, número de disparos e o tempo que o atleta tem para atirar. Em cada competição as disputas ocorrem numa fase de classificação e numa final. Todas as pontuações de ambas as fases são somadas e vence quem obtiver mais pontos. O alvo é dividido em dez circunferências que valem de um a dez pontos e são subdivididas, cada uma, entre 0.1 e 0.9 pontos. A menor e mais central circunferência vale dez pontos. Sendo assim, o valor máximo que pode ser conseguido é de 10.9.É notável o alto grau de tecnologia que a modalidade requer. Durante os Jogos Paraolímpicos, por exemplo, os alvos são electrónicos e os pontos poderão ser imediatamente projectados num placar. As roupas e as armas utilizadas no desporto também possuem um considerável nível tecnológico. Há uma diferença das vestimentas nas provas para cada tipo de arma. Nas competições de rifle, é necessário usar uma roupa com espessura estipulada pela ISSF. Em eventos de pistola, os atiradores só são obrigados a usar sapatos especiais feitos de tecido, que dão mais estabilidade aos atletas. Rifles e pistolas de ar, com cartuchos de 4.5mm, são utilizados nos eventos de 10 metros de distância. Já nos 25 metros, uma pistola de perfuração é utilizada com projécteis de 5.6mm. Rifles de perfuração e pistolas são as armas das provas de 50m, também com as balas de 5.6mm de diâmetro.



Tiro com Arco


Em cada tentativa, a concentração é fundamental para os arqueiros. As regras da modalidade são quase as mesmas das adoptadas pela Federação Internacional de Tiro com Arco - FITA. A entidade responsável pelo gerenciamento e desenvolvimento do desporto é o Comité de Tiro com Arco do Comité Paraolímpico Internacional - IPC. Tetraplégicos, paraplégicos e pessoas com mobilidade limitada nos membros inferiores competem. Estes últimos podem escolher actuar em pé ou sentados num banco.Uma distância de 70m separa os atletas do alvo, que mede 1,22m de diâmetro, sendo formado por dez círculos concêntricos. O mais externo vale um ponto. A partir daí, quanto mais próxima do círculo central estiver a flecha, maior a pontuação obtida. Dez pontos são dados para quem acerta o centro do alvo, lance que requer muita precisão. Caso a flecha fique no limite entre dois círculos, é considerado o de maior valor. Se uma seta perfurar a outra, a mesma pontuação da primeira é dada à segunda.O formato de disputa do tiro com arco durante os Jogos Paraolímpicos é chamado de “Round Olímpico”. Um total de 96 arqueiros – 64 homens e 32 mulheres – participam na competição tanto no individual como por equipa. Entretanto, antes deste sistema de jogo ser iniciado, há uma eliminatória: é o Ranking Round. Nesta fase, cada arqueiro tem direito a seis sequências, compostas por 12 flechas (total de 72). Após todas as tentativas, os confrontos da próxima etapa, o Round Olímpico, são definidos. A lógica da formação das chaves é a seguinte: o 1º colocado enfrenta o 32º, o 2º encara o 31º e assim por diante. Os arqueiros têm direito a seis sequências de três flechas, com 40 segundos permitidos por tentativa. Quem vence, joga a próxima fase sob estas mesmas regras (18 flechas). Dos quartos-de-final até a grande final, em cada etapa, o sistema de disputa é composto por quatro sequências de três flechas para todos os oponentes.Por equipa, as selecções são formadas por três competidores. Os resultados obtidos pelos compatriotas no Ranking Round são somados. Com isso, as equipas masculinas são ranqueadas de 1 a 16 e as femininas de 1 a 8. Na primeira fase do Round Olímpico, as selecções actuam simultaneamente. As tentativas consistem em três sequências de nove flechas, com cada uma durando três minutos no máximo. Vão à final as quatro melhores parcerias. Na decisão, as selecções têm direito às mesmas três sequências de nove setas da etapa preliminar.


V

Vela


Pessoas com deficiência locomotora ou visual podem competir neste desporto. A Vela Paraolímpica segue as regras da Federação Internacional de Iatismo - ISAF e possui adaptações para as pessoas com deficiência, feitas pela Federação Internacional de Iatismo para Deficientes - IFDS. Neste desporto, dois tipos de barco são utilizados nas competições internacionais. Os barcos da classe 2.4mR são tripulados por um único atleta, pesam 260 quilos e possuem 4.1m de comprimento. Os barcos da classe sonar são tripulados por uma equipe de três pessoas, que deve ser classificada em função dos tipos de deficiência. Esses barcos são maiores pesando cerca de 900Kgs e medindo cerca de 7m. Tanto o 2.4mR como o Sonar são barcos de quilha, que é uma peça de metal situada abaixo do casco do barco que impede que ele vire. Portanto são barcos estáveis e seguros, condição essencial para este uso.


As competições, chamadas de regatas, são realizadas em percursos sinalizados por bóias. Duas rotas devem ser percorridas pelos iatistas. Os percursos são indicados com bóias. A sinalização dos trajectos é alterada de acordo com as condições climáticas do dia. Caso a direcção e a força do vento se alterem, as bóias são reposicionadas. Por isso, a organização de cada torneio deve ter um barco com pessoas responsáveis por monitorar as condições do vento e por alterar a colocação da sinalização do percurso. Em ambos os tipos de embarcação, as competições consistem em uma série de nove disputas em separado. Ganha cada prova quem percorrer o trajecto estipulado em menor tempo. O vencedor conquista um ponto, o segundo fica com dois e assim por diante. Ao final das nove disputas, o pior resultado é descartado e quem tiver a menor soma de pontos é declarado campeão.


Os vencedores das regatas normalmente são os velejadores que conseguem imprimir uma maior velocidade nos barcos, realizar melhores manobras e buscar as melhores condições de vento (táctica de regata).


Voleibol


Competem atletas amputados, principalmente de membros inferiores, (no Brasil, muitos vítimas de acidentes de trânsito) e pessoas com outros tipos de deficiência locomotora (sequelas de poliomielite, por exemplo). Há algumas diferenças para o voleibol convencional: o campo é menor: 10m x 6m contra 18 x 9m e a altura da rede também é inferior à modalidade convencional, tem cerca de 1.15m do solo no masculino e 1.05m para o feminino e os atletas competem sentados no campo. Outra diferença é que no voleibol paraolímpico, serviço pode ser bloqueado.


O campo divide-se em zonas de ataque e defesa, é permitido o contacto das pernas de jogadores de uma equipa com os da outra, porém não podem obstruir as condições de jogo do oponente. O contacto com o chão deve ser mantido em toda e qualquer acção, sendo permitido perder o contacto somente nos deslocamentos. Cada jogo é decidido em uma melhor de cinco sets e vence cada set a equipa que marcar 25 pontos. Em caso de empate, ganha o primeiro que abrir dois pontos de vantagem. Há ainda o tie break de 15 pontos. Administrado internacionalmente pela Organização Mundial de Voleibol para Deficientes (WOVD), e no Brasil, pela (ABVP) Associação Brasileira de Voleibol Paraolímpico.


Símbolos Olímpicos

Bandeira Olímpica

Nas cores azul, amarelo, preto, verde e vermelho, interligados sobre um fundo branco, os anéis olímpicos foram idealizados em 1913 pelo Barão Pierre de Coubertin e introduzido nos Jogos de Antuérpia em 1920. Os anéis representam a união dos cinco continentes e pelo menos uma de suas seis cores, incluída a branca. O fundo branco significa paz e amizade entre as nações competidoras e os anéis representam os cinco continentes, denotando o carácter global do Movimento Olímpico. As Cores das argolas deveriam representar os cinco continentes: Preto – África, Verde – Oceânia, Azul – Europa, Vermelho – América, Amarelo – Ásia. No entanto, esta simbologia não foi confirmada como sendo intencional.

Lema

'Citius, Altius, Fortius' (que em grego significa 'O Mais Rápido, O Mais Alto, O Mais Forte'). A frase latina, criada pelo padre Henri Martin, amigo do Barão de Coubertin, era utilizada para descrever as realizações atléticas dos estudantes do Albert Le Grand School. As palavras latinas estavam cravadas em uma pedra acima da entrada principal.

A Tocha

Nasceu a partir da chama olímpica, que fica acesa de forma permanente em Olímpia, na Grécia. Na Grécia Antiga, as tochas serviam para conduzir a chama do fogo sagrado de um altar para outro. O fogo era tido como um elemento purificador. Na Era Moderna, a tocha é transportada por atletas e cidadãos comuns de diferentes países até o local da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos. Permanece acesa em uma pira, no Estádio Olímpico, durante toda competição e é apagada ao final da cerimónia de encerramento. A tocha olímpica ganha um novo desenho e forma a cada edição dos Jogos Olímpicos.

O Juramento

'Em nome de todos os competidores, eu prometo participar nestes Jogos Olímpicos, respeitando e cumprindo com as normas que o regem, no verdadeiro espírito desportivo, pela glória do desporto e em honra às nossas equipas', escrito pelo Barão de Coubertin e feito por um atleta do país anfitrião na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos.

Hino

Composto em 1896 pelo grego Spirou Samara, com letra do músico grego Cositis Palamas, foi adotado pelo COI em 1958.


Grego lírico

Αρχαίο Πνεύμ' αθάνατο, αγνέ πατέρα
του ωραίου, του μεγάλου και τ'αληθινού,
κατέβα, φανερώσου κι άστραψ'εδώ πέρα
στην δόξα της δικής σου γης και τ'ουρανού.

Στο δρόμο και στο πάλεμα και στο λιθάρι,
στων ευγενών Αγώνων λάμψε την ορμή,
και με τ' αμάραντο στεφάνωσε κλωνάρι
και σιδερένιο πλάσε κι άξιο το κορμί.

Κάμποι, βουνά και θάλασσες φέγγουν μαζί σου
σαν ένας λευκοπόρφυρος μέγας ναός,
και τρέχει στο ναό εδώ, προσκυνητής σου,
Αρχαίο Πνεύμ' αθάνατο, κάθε λαός.

Transliteração ao alfabeto latino

Arkhaéo Pneúm' athánato, aghné patéra
tou oraéou, tou meghálou kai t'alithino
ú,
katéva, phanerósou ki ástraps'edhó péra

stin dhóksa tis dhikís sou ghis kai t'ouranoú.

Sto dhrómo kai sto pálema kai sto lithári,
ston evghenón Aghónon lámpse tin orm
í,
kai me t'amáranto stefánose klonári

kai sidherénio pláse ki áksio to kormí.

Kámpi vouná kai thálasses féngoun mazí sou
san énas levkopórfyros méghas naós
,
kai trékhei sto naó edhó, proskynitís sou
,
Arkhaéo Pneúm' athánato, káthe laós.


Mascotes Olímpicos

Adotado pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Inverno de 1968, em Grenoble, na França, servem como embaixadores e mensageiros da amizade e personificam a cultura ou a fauna da região onde se realizam os Jogos Olímpicos. Portanto, mudam a casa edição do evento.

  • Waldi (Munique, 1972): O cão de raça dashshund, de origem alemã, teve a honra de ser o primeiro mascote oficial.
  • Amik (Montreal, 1976): Novamente, um animal que tem haver com a cidade sede: um castor símbolo oficial do Canadá.
  • Misha (Moscou, 1980): O urso Misha é um marco na história das mascotes olímpicos. Talvez nenhuma outra mascote tenha tido tanto impacto e carisma como ele, especialmente na cerimónia de encerramento do evento, quando ele chorou e subiu aos céus. O Misha encantou uma geração tal sua doçura toda a prova.
  • Sam (Los Angeles, 1984?: A águia, símbolo dos EUA, foi concebido pela Walt Disney – por essa razão lembra tanto o Zé Carioca.
  • Hedori (Seul, 1988): O nome do “tigre amigo do homem” , como aparece nas lendas coreanas, foi escolhido por uma votação popular. A série de mascotes com alguma ligação regional estava interrompida temporariamente.
  • Cobi (Barcelona, 1992): O cachorrinho de traço fácil e raça absolutamente desconhecida, pode não ter sido o mais marcante mas daí o mascote com maior exposição televisiva. Após os Jogos, Cobi tornou se desenho animado para incentivar a prática de desporto.
  • Izzy (Atlanta, 1996): O nome original do mascote era Whatizit, foi concebido por crianças de 15 países.
  • Molly, Syd e Millie (Sydney, 2000): Foi a primeira olimpíada com praticamente 3 mascotes: uma ave kookaburra, um ornitorrinco e uma équidna.
  • Athena e Phevos (Atenas, 2004): Os bonecos deste ano estavam inspirados em bonecos greco antigos, o casal de irmãos tentará interligar o passado e o presente.