quinta-feira, 1 de maio de 2008

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Ténis de Mesa


Nesta modalidade participam atletas homens e mulheres com paralisia cerebral, amputados e cadeirantes. As competições são divididas basicamente entre atletas andantes e atletas cadeirantes. Os jogos podem ser individuais, a dois ou por equipas e as competições consistem em a melhor de cinco sets, sendo que cada um deles é disputado até que um dos jogadores atinja 11 pontos.Em caso de empate em 10 a 10, vence quem primeiro abrir dois pontos de vantagem. A raquete pode ser amarrada na mão do atleta. Os atletas são divididos em onze classes distintas onde se segue a lógica de que quanto maior o número da classe, menor é o comprometimento físico-motor do atleta.


I, II, III, IV, V – atletas cadeirantes
VI, VII, VIII,IX, X – atletas andantes
XI - atletas andantes com deficiência mental


O ténis de mesa é um dos mais tradicionais desportos paraolímpicos.A partir de Roma, a bolinha não parou tanto no masculino quanto no feminino. Todas as edições das paraolimpíadas tiveram jogos da modalidade. Com o passar dos anos, ocorreram mudanças nos sistemas de disputa.Entre Roma-60 e Tel Aviv-68, havia partidas individuais e em duplas. Em Heidelberg-72, foi acrescentado o torneio por equipa. Tanto em Toronto-76 quanto em Arnhem-80, só houve jogos de simples e por equipa. Nos Jogos de 1984 e em Seul-88, o open entrou no calendário paraolímpico oficial. A partir de Barcelona-92, as disputas passaram a ser apenas individuais e por equipa. As regras oficiais para as classes dos andantes (de VI a X) e classe XI (deficientes mentais) são as mesmas estabelecidas pela ITTF, à exceção do saque, nos casos de alguns atletas com o braço livre amputado ou com alguma deficiência que não lhes permite estender totalmente a palma da mão.No caso dos cadeirantes (classe de I a V), existem algumas diferenças:O saque deve ultrapassar a linha de fundo da mesa adversária. Saques que saem pela linha lateral da mesa oponente são repetidos;Nas partidas de duplas, o atleta pode rebater a bola duas ou mais vezes consecutivas desde que a roda da cadeira não ultrapasse a linha central imaginária da mesa.A cadeira deverá estar posicionada de frente para a mesa, com as rodas perpendiculares à linha de fundo da mesma.O corpo ligeiramente inclinado para a frente ou com o tronco apoiado no encosto da cadeira, pronto para uma acção, e não numa posição de repouso.O aluno deverá posicionar-se a mais ou menos um antebraço da mesa, sem encostar a barriga.A perna do lado do braço que joga deve alinhar-se com a linha central da mesa.O braço que joga deve estar flexionado e o outro apoiado na roda para um rápido movimento, se necessário. A raquete deve estar sempre ao nível da mesa.Os olhos devem estar fixos e concentrados na bola.



Ténis em cadeira de rodas




No ténis em cadeira de rodas o atleta necessita de apresentar incapacidade motora em apenas um ou nos dois membros inferiores, para poder jogar. Existe também uma classe especial para os atletas tetraplégicos, ou com deficiências motoras nos membros inferiores e incapacidades funcionais ou amputação nos membros superiores.Para a prática deste desporto, o atleta precisa combinar a força e a precisão ao bater a bola com a velocidade e a técnica na movimentação da cadeira. Joga-se como o ténis convencional, com pequenas alterações, como a bola poder bater duas vezes - a primeira dentro do campo e no serviço, não é permitido que as rodas traseiras da cadeira toquem a linha de fundo. Esta modalidade é destinada a atletas com cadeira de rodas, nas categorias masculina e feminina, individual ou em dupla.


O Saque




  • O primeiro toque da bola sacada na quadra deve ser dentro do rectângulo destinado a isto; o segundo toque tanto pode ser dentro ou fora dos limites da quadra.


  • O lançador não deverá, durante o saque mudar de posição ou tocar, com qualquer roda, qualquer linha fora da área delimitada para o saque.


  • O jogador é proibido de usar, deliberadamente, qualquer extremidade de seu corpo como estabilizador ou suporte durante o saque.


  • Caso os métodos convencionais para o saque forem impraticáveis para um tetraplégico, uma outra pessoa poderá ser autorizada a lançar (levantar) a bola para ele.



Perda de Ponto


A cadeira de rodas é considerada parte do corpo do jogador para efeito de quaisquer regras. O jogador perde o ponto se:




  • A bola tocar no seu corpo, na sua cadeira ou qualquer coisa que ele carregue ou use, excepto a raquete, essa perda de ponto ocorrerá independentemente da posição em que estiver, quando a bola em jogo o atingir.


  • Deliberadamente usar os pés ou qualquer outra extremidade do corpo como estabilizador ou suporte, para lançar a bola ou movimentar a cadeira, ou permitir, ao bater na bola, que sua nádega deixe de ter contacto com o assento desta.




Tiro


Para se praticar este desporto é necessário ter precisão apurada. Administram a modalidade tanto a Federação Internacional de Tiro Desportivo-ISSF quanto o Comité de Tiro Desportivo do Comité Paraolímpico Internacional. As regras das competições para atletas convencionais e com deficiência são basicamente as mesmas, porém com pequenas adaptações. Pessoas amputadas, paraplégicas, tetraplégicas e com outras deficiências locomotoras podem competir no masculino e no feminino. As regras do tiro paraolímpico variam de acordo com a prova, distância e tipo do alvo, posição de tiro, número de disparos e o tempo que o atleta tem para atirar. Em cada competição as disputas ocorrem numa fase de classificação e numa final. Todas as pontuações de ambas as fases são somadas e vence quem obtiver mais pontos. O alvo é dividido em dez circunferências que valem de um a dez pontos e são subdivididas, cada uma, entre 0.1 e 0.9 pontos. A menor e mais central circunferência vale dez pontos. Sendo assim, o valor máximo que pode ser conseguido é de 10.9.É notável o alto grau de tecnologia que a modalidade requer. Durante os Jogos Paraolímpicos, por exemplo, os alvos são electrónicos e os pontos poderão ser imediatamente projectados num placar. As roupas e as armas utilizadas no desporto também possuem um considerável nível tecnológico. Há uma diferença das vestimentas nas provas para cada tipo de arma. Nas competições de rifle, é necessário usar uma roupa com espessura estipulada pela ISSF. Em eventos de pistola, os atiradores só são obrigados a usar sapatos especiais feitos de tecido, que dão mais estabilidade aos atletas. Rifles e pistolas de ar, com cartuchos de 4.5mm, são utilizados nos eventos de 10 metros de distância. Já nos 25 metros, uma pistola de perfuração é utilizada com projécteis de 5.6mm. Rifles de perfuração e pistolas são as armas das provas de 50m, também com as balas de 5.6mm de diâmetro.



Tiro com Arco


Em cada tentativa, a concentração é fundamental para os arqueiros. As regras da modalidade são quase as mesmas das adoptadas pela Federação Internacional de Tiro com Arco - FITA. A entidade responsável pelo gerenciamento e desenvolvimento do desporto é o Comité de Tiro com Arco do Comité Paraolímpico Internacional - IPC. Tetraplégicos, paraplégicos e pessoas com mobilidade limitada nos membros inferiores competem. Estes últimos podem escolher actuar em pé ou sentados num banco.Uma distância de 70m separa os atletas do alvo, que mede 1,22m de diâmetro, sendo formado por dez círculos concêntricos. O mais externo vale um ponto. A partir daí, quanto mais próxima do círculo central estiver a flecha, maior a pontuação obtida. Dez pontos são dados para quem acerta o centro do alvo, lance que requer muita precisão. Caso a flecha fique no limite entre dois círculos, é considerado o de maior valor. Se uma seta perfurar a outra, a mesma pontuação da primeira é dada à segunda.O formato de disputa do tiro com arco durante os Jogos Paraolímpicos é chamado de “Round Olímpico”. Um total de 96 arqueiros – 64 homens e 32 mulheres – participam na competição tanto no individual como por equipa. Entretanto, antes deste sistema de jogo ser iniciado, há uma eliminatória: é o Ranking Round. Nesta fase, cada arqueiro tem direito a seis sequências, compostas por 12 flechas (total de 72). Após todas as tentativas, os confrontos da próxima etapa, o Round Olímpico, são definidos. A lógica da formação das chaves é a seguinte: o 1º colocado enfrenta o 32º, o 2º encara o 31º e assim por diante. Os arqueiros têm direito a seis sequências de três flechas, com 40 segundos permitidos por tentativa. Quem vence, joga a próxima fase sob estas mesmas regras (18 flechas). Dos quartos-de-final até a grande final, em cada etapa, o sistema de disputa é composto por quatro sequências de três flechas para todos os oponentes.Por equipa, as selecções são formadas por três competidores. Os resultados obtidos pelos compatriotas no Ranking Round são somados. Com isso, as equipas masculinas são ranqueadas de 1 a 16 e as femininas de 1 a 8. Na primeira fase do Round Olímpico, as selecções actuam simultaneamente. As tentativas consistem em três sequências de nove flechas, com cada uma durando três minutos no máximo. Vão à final as quatro melhores parcerias. Na decisão, as selecções têm direito às mesmas três sequências de nove setas da etapa preliminar.


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