quinta-feira, 1 de maio de 2008

F

Futebol de 5


Modalidade exclusiva para atletas cegos ou deficientes visuais. Normalmente joga-se num campo de futsal adaptado, mas desde os Jogos Paraolímpicos de Atenas, a modalidade também vem sendo praticada em campos de grama sintética. Somente o guarda-redes tem visão total e não pode ter actuado em competições oficiais da FIFA nos últimos cinco anos. Junto às linhas laterais, são colocadas bandas que impedem que a bola saia excessivamente do campo. Cada equipa é formada por cinco jogadores – um guarda-redes e quatro jogadores de linha e as partidas devem acontecer em locais em que não haja eco. A bola tem guizos internos para que os atletas a localizem. Por isso, o público deve permanecer em silêncio durante o jogo e só podem manifestar-se no momento do golo. Eles jogam com uma venda nos olhos e tocar na venda é falta. Depois de cinco infracções, o atleta é expulso de campo e pode ser substituído por outro jogador. Há ainda um guia, o “chamador”, que fica atrás da baliza, para orientar os jogadores, dizendo onde devem posicionar-se em campo e para onde devem rematar. As partidas são jogadas em dois tempos de 25 minutos, com um intervalo de 10.


Os atletas são divididos em três classes que começam sempre com a letra B (blind = cego).
B1 – Cego total: de nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos até a percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direcção.
B2 – Jogadores já têm a percepção de vultos. Da capacidade em reconhecer a forma de uma mão até a acuidade visual de 2/60 e/ou campo visual inferior a 5 graus.
B3 – Os jogadores já conseguem definir imagens. Da acuidade visual de 2/60 a acuidade visual de 6/60 e/ou campo visual de mais de 5 graus e menos de 20 graus.


Futebol de 7


Praticado somente por atletas homens com paralisia cerebral, com sequelas de traumatismos crânio-encefálicos ou acidentes vasculares cerebrais. Segue as regras da FIFA, com adaptações feitas sob a responsabilidade da Associação Internacional de Desporto e Recreação para Paralisados Cerebrais (CP-ISRA). O campo tem no máximo 75m x 55m, com balizas de 5m x 2m e a marca do penalti fica a 9,20m do centro da linha de golo. Cada equipa tem sete jogadores em campo e cinco suplentes. A partida dura 60 minutos, divididos em dois tempos de 30, com intervalo de 15. Não há regra de impedimento e a cobrança da lateral pode ser feita com apenas uma das mãos, rolando a bola no chão. Todos os jogadores pertencem às classes menos afectadas pela paralisia cerebral, ou seja, são todos andantes.


Os jogadores são distribuídos em classes de 5 a 8, de acordo com o grau de comprometimento de cada um. Novamente, vale a regra de quanto maior a classe, menor o comprometimento físico do atleta. Durante a partida, cada equipa deve ter em campo no máximo dois atletas da classe 8 (menos comprometidos) e, no mínimo, um da classe 5 ou 6 (mais comprometidos). Os jogadores da classe 5 são os que têm o maior comprometimento motor e, em muitos casos, não conseguem correr. Assim, para esses atletas, a posição mais comum é a de guarda-redes. Vale a pena lembrar que a paralisia cerebral compromete de variadas formas a capacidade motora dos atletas, mas, em cerca de 45% dos indivíduos, a capacidade intelectual não é comprometida.


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